terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Artigo Publicado na Revista Estilo Zona Sul, 11ª Ed. 2012



CULTURA x CONSUMO
Jeanine Bender de Paula

Sabemos que a cultura está vinculada diretamente com a nossa forma de vida, e abarca questões relacionadas com as crenças, as ideias, os valores a moda, as relações familiares, o lazer, os símbolos, a tecnologia entre outros. A definição de cultura é bem ampla e esta não se desenvolve sem uma sociedade e nem uma sociedade se desenvolve sem ela, pois adquirem habilidades e expressões próprias. No que tange ao consumo, este atravessa todas as esferas da vida social, incluindo alimentação, vestuário, transporte, habitação, relacionamentos, e é nesta seara que os indivíduos estão direcionando o caminho para atender essas demandas, no qual incluem implicações políticas, sociais, econômicas e culturais.
            No entanto, nossas práticas atuais de consumo, têm nos exigido mudanças de comportamento, tendo em vista a variedade de produtos e serviços disponíveis no mercado de consumo, e ainda de como estes produtos tem adquirido um status de descartabilidade e efemeridade. Na verdade, esses eventos estão correlacionados com a era da informação e na busca contínua por mercadorias, ou seja, o consumo tem sido uma das expressões fundamentais da vida social na modernidade, bem como um desafio a ser enfrentado por cada indivíduo, que precisa decidir o que adquirir, com o que gastar e em que investir a cada instante! Como fator preponderante nestas decisões, temos a mídia promovendo novos desejos e necessidades, de forma tão corriqueira que nosso inconsciente já entende ser natural.

Por outro lado, o consumo desempenha certas funções sociais, como construir e fortalecer a nossa própria identidade cultural, ou seja, com o consumo, nos reconhecemos como cidadãos, refletindo a sociedade em que vivemos, ele é necessário para a busca de uma autoafirmação, no qual envolvem princípios e valores, confirmando a própria essência do indivíduo, a de como ele se vê e como os outros o vêem, isto é, uma troca de identidades.
O intuito aqui é de propor uma reflexão e não tem cunho racional e nem moralista, até porque estamos diariamente consumindo e usufruindo dos bens que nos são apresentados, envolvendo toda uma economia de mercado. O cerne da questão são as consequências desse consumo, muitas vezes demasiado, facilitando em abundância o crédito. O contraponto está em nosso conhecimento, pois sabemos os fatores envolvendo a saúde, o ambiente, o endividamento familiar e ainda, consumimos além do necessário, estimulando o consumo indiscriminado. Toda a sociedade precisa rever o seu papel, mudando conceitos, atitudes e hábitos, tirando proveito das novas tecnologias que nos dão suporte para formarmos um novo diálogo, mantendo uma educação satisfatória, hoje e sempre!



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